*Sheeran* destacou que com menos de 1% do que os países ricos gastaram para
salvar os sistemas financeiros, se poderia solucionar a fome – com algo mais
que “soluções de longo prazo”, insistiu – e por isso instou os países do *
G-20* (as economias mais ricas e as emergentes) para que aproveitem a
próxima reunião em Pittsburgh (Estados Unidos), porque têm “uma oportunidade
ideal para colocar a
fome mapa”.
A vida de quatro milhões de crianças em todo o mundo está ameaçada. A organização Intermón Oxfam chamou a atenção para o fato de que poderão morrer caso os países ricos não destinarem fundos adicionais para que os países pobres lutem contra a mudança climática e desviem para este fim as ajudas para o desenvolvimento já comprometidas.
A reportagem está no sítio espanhol Periodista Digital, 16-09-2009. A tradução é do Cepat.
Esta é uma das conclusões do relatório Para além da ajuda, que a Oxfam Internacional publicou nesta terça-feira, dias antes da Cúpula sobre a Mudança Climática, que será realizada no dia 22 de setembro na sede da ONU, em Nova York, na qual se debaterá os financiamentos para enfrentar este fenômeno global.
A mudança climática é uma grave ameaça para os habitantes dos países pobres que, sem um apoio adequado para se adaptarem a ela, “seu efeito pode representar uma espiral em queda para maior pobreza e vulnerabilidade”.
O relatório alerta que se os países ricos não destinarem novos fundos para a adaptação à mudança climática dos mais pobres e reduzirem a ajuda ao desenvolvimento para assumir a sua responsabilidade diante do aquecimento global, os efeitos serão pagos pela saúde e pela educação dos mais pobres.
O número de crianças que não poderão frequentar a escola aumentará em 75 milhões e a de pessoas que não poderão ter acesso ao tratamento da Aids, em 8,6 milhões, segundo a Intermón.
“Deve-se aumentar os fundos”
Se não se adicionar 50 bilhões de dólares ao ano ao 0,7% de Ajuda para o Desenvolvimento que os países ricos já prometeram, o avanço rumo aos Objetivos do Milênio poderá ficar estancado e inclusive retroceder apesar dos “grandes avanços” conseguidos desde o seu estabelecimento em 2000.
“Desviar dinheiro da Ajuda para o Desenvolvimento para a adaptação à mudança climática pressionaria um sistema que já foi muito forçado”, adverte o relatório.
“Deve-se aumentar os fundos – não reorientá-los – para ajudar os países pobres a se adaptarem à mudança climática e isto os políticos não podem ver como um acordo de dois por um. Os países ricos não devem roubar dinheiro dos hospitais e das escolas dos pobres para financiar sua dívida climática com o mundo em desenvolvimento”, segundo Ariane Arpa, diretora-geral da Intermón Oxfam.
“Os líderes mundiais devem mostrar que não estão satisfeitos em manter-se à margem e observar como as recentes conquistas na luta contra a pobreza como, por exemplo, o número de crianças que frequentam a escola, as mães que sobrevivem ao parto e os doentes que recebem medicamentos que salvam a sua vida, podem ser perdidas”, acrescentou.
Menos da metade do dinheiro prometido foi entregue
A Intermón pede que o fundo para a adaptação às mudanças climáticas seja acessível de maneira rápida, que seja administrado de maneira equitativa, gerido segundo acordos simplificados e que seja transparente.
Atualmente, não há uma única via para destinar o dinheiro para a adaptação e até a presente data foi entregue menos da metade do dinheiro prometido para esta finalidade.
“Com 20 milhões de pessoas ameaçadas com a subida do nível do mar, 26 milhões de deslocados em consequência direta da mudança climática e muitas que podem passar fome ou morrer por culpa das crises climáticas, nunca foi mais urgente o duplo desafio de combater a pobreza e paliar a mudança climática”, assinala o relatório.
salvar os sistemas financeiros, se poderia solucionar a fome – com algo mais
que “soluções de longo prazo”, insistiu – e por isso instou os países do *
G-20* (as economias mais ricas e as emergentes) para que aproveitem a
próxima reunião em Pittsburgh (Estados Unidos), porque têm “uma oportunidade
ideal para colocar a
fome mapa”.
A vida de quatro milhões de crianças em todo o mundo está ameaçada. A organização Intermón Oxfam chamou a atenção para o fato de que poderão morrer caso os países ricos não destinarem fundos adicionais para que os países pobres lutem contra a mudança climática e desviem para este fim as ajudas para o desenvolvimento já comprometidas.
A reportagem está no sítio espanhol Periodista Digital, 16-09-2009. A tradução é do Cepat.
Esta é uma das conclusões do relatório Para além da ajuda, que a Oxfam Internacional publicou nesta terça-feira, dias antes da Cúpula sobre a Mudança Climática, que será realizada no dia 22 de setembro na sede da ONU, em Nova York, na qual se debaterá os financiamentos para enfrentar este fenômeno global.
A mudança climática é uma grave ameaça para os habitantes dos países pobres que, sem um apoio adequado para se adaptarem a ela, “seu efeito pode representar uma espiral em queda para maior pobreza e vulnerabilidade”.
O relatório alerta que se os países ricos não destinarem novos fundos para a adaptação à mudança climática dos mais pobres e reduzirem a ajuda ao desenvolvimento para assumir a sua responsabilidade diante do aquecimento global, os efeitos serão pagos pela saúde e pela educação dos mais pobres.
O número de crianças que não poderão frequentar a escola aumentará em 75 milhões e a de pessoas que não poderão ter acesso ao tratamento da Aids, em 8,6 milhões, segundo a Intermón.
“Deve-se aumentar os fundos”
Se não se adicionar 50 bilhões de dólares ao ano ao 0,7% de Ajuda para o Desenvolvimento que os países ricos já prometeram, o avanço rumo aos Objetivos do Milênio poderá ficar estancado e inclusive retroceder apesar dos “grandes avanços” conseguidos desde o seu estabelecimento em 2000.
“Desviar dinheiro da Ajuda para o Desenvolvimento para a adaptação à mudança climática pressionaria um sistema que já foi muito forçado”, adverte o relatório.
“Deve-se aumentar os fundos – não reorientá-los – para ajudar os países pobres a se adaptarem à mudança climática e isto os políticos não podem ver como um acordo de dois por um. Os países ricos não devem roubar dinheiro dos hospitais e das escolas dos pobres para financiar sua dívida climática com o mundo em desenvolvimento”, segundo Ariane Arpa, diretora-geral da Intermón Oxfam.
“Os líderes mundiais devem mostrar que não estão satisfeitos em manter-se à margem e observar como as recentes conquistas na luta contra a pobreza como, por exemplo, o número de crianças que frequentam a escola, as mães que sobrevivem ao parto e os doentes que recebem medicamentos que salvam a sua vida, podem ser perdidas”, acrescentou.
Menos da metade do dinheiro prometido foi entregue
A Intermón pede que o fundo para a adaptação às mudanças climáticas seja acessível de maneira rápida, que seja administrado de maneira equitativa, gerido segundo acordos simplificados e que seja transparente.
Atualmente, não há uma única via para destinar o dinheiro para a adaptação e até a presente data foi entregue menos da metade do dinheiro prometido para esta finalidade.
“Com 20 milhões de pessoas ameaçadas com a subida do nível do mar, 26 milhões de deslocados em consequência direta da mudança climática e muitas que podem passar fome ou morrer por culpa das crises climáticas, nunca foi mais urgente o duplo desafio de combater a pobreza e paliar a mudança climática”, assinala o relatório.
1620...LAMENTAVEL
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